Está quase a fazer um ano que apanhei “o” susto em Leça da Palmeira.
Não vou contar a história que me marcou, mesmo antes de começar com a competição Nacional. Mas resolvi falar do assunto agora, no comentário 100 do blog.
Este ano (ano que regredi e procurei o meu surf sem o encontrar e sem enfrentar o meu medo) foi o ano em que Leça era a praia proibida.
O meu Pai, tem vindo a insistir - não posso surfar Matosinhos.
A onda é mole, não tem tamanho, etc.. Mas quando dá, dá e estão todos lá.
Tem crowd, montes de escolas, etc. Mas os amigos estão lá e o surf não é só treino, é diversão e ninguém gosta de se divertir sozinho.
O susto - Leça - não esqueci, mas adaptei-me.
Para alguns pode ser uma vitória "sem sal", mas voltar a surfar Leça (mesmo pequeno) sem as borboletas a roerem a barriga (mesmo tendo demorado um ano) é a minha vitóriazinha.
Há já alguns dias que a única praia a funcionar é Leça e eu lá estou. É verdade, estamos com mar de verão, ou seja, ondas pequenas, mas perfeitas. Pelo menos perfeitas para os meus 30 kg.
Diverti-me.
Mesmo que o Pai diga que faço caretas cada vez que tento manobrar, eu sei que por dentro estou a sentir aquela emoção, a antecipação do momento em que a manobra sai (de preferência na junção) e já estou a rir. Claro que a secção fecha e a manobra sai incompleta, mas há uma ou outra em que tudo se reúne e então a careta pode desaparecer para soltar o que já há muito me vai cá dentro, a euforia de conseguir.
Hoje, ontem e anteontem: aqui ficam alguns desses instantes.