terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Bodyboard Nortenho exemplo para o Surf

"No primeiro fim-de-semana de Março inicia-se o Circuito Nacional Deeply Surf Esperanças.
Por sua vez, o Circuito Nacional de Bodyboard Esperanças tem o seu arranque no último fim-de-semana de Fevereiro.
Ambos decorrem na Costa da Caparica, sendo este é o único spot comum a ambos os circuitos.

No que se refere às prestações nortenhas em ambos os circuitos, o Bodyboard é aquele que mais se destaca, quer no número de participantes, quer nas classificações alcançadas.

Há que “dar a mão à palmatória” – O Bodyboard nortenho é mais competitivo. Mas estará melhor organizado? Haverá melhores escolas? E Treinadores?

Não sendo um profundo conhecedor do estado da modalidade e não pretendendo ofender, por lapso, ninguém, vejo o grupo da Onda Norte e da Surfjah como os únicos com presença nos campeonatos.

Se para a Onda Norte as questões de organização, escola e treinadores são, sem duvida, metas alcançadas, já para a Surfjah a questão do treinador é uma falha (segundo creio foi colmatada nesta época de 2011). Se assim é como é possível a este clube de Espinho competir pelos lugares de pódio? A resposta simplista é a de que herdou atletas da Onda Norte. Mas será assim tão simples?

Se é uma questão apenas de atletas, bastaria a um clube do norte “herdar” os melhores Esperanças do Surf e já está – o Clube passou a competitivo. Mas não é assim, como sabem, pelos exemplos de passados próximos.

Então o que “mexe” estes clubes? Há dois factores primordiais:
1 – liderança
2 – espírito de corpo

Nunca me apercebi de treinador nortenho a liderar. Podem dizer que no surf a liderança é “low profile”, daí não me ter apercebido dessa faceta. Mas, mais uma vez, há que comparar com a Taça de Portugal, ou com outros treinadores bem conhecidos do circuito de Esperanças. O treinador lidera desde do check-in até ao pódio, intervém em todas as situações, incluindo junto dos juízes (esses seres plenipotenciários que também cometem erros) e directores técnicos. Em casa está sempre presente a organizar e a incentivar os seus atletas, creio mesmo que o seu principal trabalho está na motivação – manter e reforçar.

Para quem já assistiu a Etapas de Surf Esperanças, verifica que dentro dos clubes há camaradagem e amizade, mas não há espírito de corpo. É comum verificar que atletas do norte, assim que chegam às praias das etapas, “acampam com o inimigo”. O Mais engraçado é que na Taça de Portugal este “acampar com o inimigo” mantém-se, mas quando os “nossos” se começam a preparar para os seus heat todos regressam à base para apoio incondicional

Há, sem qualquer dúvida, uma “colheita” extraordinária de Esperanças no Surf Nortenho, como o Tomás Ferreira, o Romão Ferreira, o João Maria, o Miguel Magalhães, etc. Talvez este grupo, aproveitando o esforço dos seus “antepassados” (Sebastião Furtado, Ricardo Alves, João Brito, Luís Lickfold, Nuno Lopes, Tomás Bui, “Pauladas”, Mariana Macedo, etc.) consigam alterar definitivamente a sua postura e criarem um verdadeiro espírito de camaradagem, sustentado pelo objectivo comum da disputa dos lugares do pódio.

Quanto à liderança, as coisas estão a mudar. Apesar de apenas dois clubes ABC Boardriders e Clínica de Surf competirem assiduamente no Circuito Nacional, há uma mudança de atitude nas escolas nortenhas que começam a desviar / complementar os seus esforços de obtenção de proveitos oriundos do surfista de fim-de-semana/férias para a obtenção / demonstração de capacidade e ensino do surf a mais alto nível.
MBM"

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