sábado, 3 de abril de 2010

Formato do Circuito Nacional de Surf Esperanças em analise?

Hoje, durante uma conversa à abeira mar, fui informado que poderá estar em analise o formato do CNSE.
Há quem advogue uma alteração radical ao actual formato, tendo como razão as fracas prestações que são realizadas nos rounds eliminatórios.
Uma das propostas é a introdução de Competições Regionais de qualificação para um Circuito Nacional.
Os assuntos que ainda têm de ser analisados e regulamentados são:
Regiões (quais?)
Categorias (aqui no norte existe um hiato entre as categorias - Sub-12 e Sub-14 têm um número muito reduzido de atletas);
Cotas (os acessos ao Circuito Nacional é por pontuação geral Nacional ou por cotas regionais?)
Acesso aos Regionais (só os atletas das regiões é que podem participar nos eventos das suas regiões?)
Organização (Quem pode promover estes Regionais? Quem nomeia os Juízes? Quais as instalações mínimas? Quem resolve conflitos de calendário? Qual o número máximo de eventos regionais?)
(...)
Claro que estes problemas e assuntos (mais todos aqueles que não mencionei) já foram abordados e resolvidos noutros pontos do mundo, onde o acesso aos circuitos Nacionais, desta e de outras modalidades, se faz por qualificação em eventos regionais. Deve ser salientado que os Países onde este tipo de formato está implementado são países com dimensão muito superior à Portuguesa e com muita maturidade nas modalidades onde são aplicados o dito formato.
Se os 3 dias de competição do CSNE são excessivos (mesmo com baterias de apenas 15 minutos) e o nível da competição dentro das categorias não é homogéneo, então talvez seja altura de incluir “trials”. Os atletas com Ranking top 12 (digo eu) entravam apenas no segundo dia de competição. O primeiro dia era para os restantes competidores, passando 4 de cada uma das categorias. O 2º dia entrava directo nos ¼ de final.
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Pessoalmente acho que qualquer formato que se desvie do actual vai ser prejudicial ao desenvolvimento do Surf. Qualquer limitação ao acesso a uma competição Nacional é um peso para qualquer modalidade. O Gonçalo, não sendo exemplo, durante o ano passado e mesmo este ano, ficou pasmado com o surf praticado na sua categoria. A razão é que na sua região não tinha exemplos (excluindo o Tomás, evidentemente). Outras razões são os casos do Tomás Ferreira (que tem surf para os Nacionais e, a meu ver, internacionais), João Moreira, Tiago Silva, Francisco Almeida e todos os que estão em perfeita evolução, cuja imposição de no seu primeiro ano de competição passarem por uma qualificação em regionais ou trials era uma injustiça e uma possível desmotivação.
Pensar em participar num heat com surfistas conhecidos é um problema ou uma excitação? No WCT os wildcards fazem maravilhas nas baterias com os grandes nomes (o Kelly é um dos que sofre com estas situações). Um jovem que se vai bater com um Vasco Ribeiro, Miguel Blanco, João Kopke, Guilherme Fonseca, com um dos Tomás, etc., ou quebra ou “arrebita”. Este é um dos principais benefícios do actual formato do CNSE – estar perto das verdadeiras Esperanças Nacionais e poder alcançar essa posição.
MBMagalhães

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