domingo, 7 de junho de 2009

Verdade Desportiva

Sou o Pai do Gonçalo e deixo neste blog uma mensagem sobre o que presenciei em competição. Mas quero deixar claro que o Gonçalo é sócio da ASM por escolha e não por ser fácil usar esta Associação para inscrições na Federação. Reconheço o Empenho, a Dedicação, a Visão dos seus membros, que de forma abnegada oferecem o seu precioso tempo aos jovens de Matosinhos e do Porto, sem outra retribuição para além da satisfação de uns sorrisos na cara de uns putos energéticos e com dedicação ao desporto das ondas.
Quem ler esta mensagem não deve de forma alguma considerara o que aqui apresento como uma critica à ASM ou à organização do Campeonato na Caparica. Ambos, no seu nível, (regional e nacional) fizeram um excelente trabalho.

Não vou falar de juízes, condições de mar, critérios, colocações em heats, os artigos que se discutem e se costumam avolumar em torno deste desporto.
Vou falar de três ocorrências que presenciei nas duas últimas competições a que assisti.
A primeira destas situações ocorreu com o Guilherme Fonseca na 3ª Etapa do circuito Nacional de Esperanças. Estávamos na Praia da Caparica e o Guilherme teve de competir em dois heats seguidos (Sub-12 e Sub-14).
A segunda e terceira ocorreram no Campeonato Esperanças ASM. O Tomás Ferreira teve de realizar a final de Sub-16 (que ganhou) logo após ter participado na meia-final de Sub-21 (que passou em primeiro). O Ricardo Alves (Ricardinho) depois de participar na final de Sub-18 (que ganhou) teve de participar na final de Sub-21 (tendo um meritório 3º lugar).

É verdade que quando estes atletas se inscreveram já sabiam que esta situação podia ocorrer e mesmo assim optaram por participar em mais do que um escalão. Mas parece-me que para além do prejuízo do próprio, por não estar em condição de igualdade com os restantes competidores, o maior afectado é o desporto e a verdade competitiva. Alguém poderia dizer que se o Ricardinho estivesse descansado a sua classificação não teria sido diferente? E se o Guilherme Fonseca não tivesse participado em dois heats seguidos a sua classificação não teria sido melhor. E o Tomás?

A minha experiência desportiva recorda regulamentos, nacionais e internacionais, que prevêem descanso em situações destas. Prevêem inclusivamente alterações de ordens de entrada em prova, para evitar este tipo de desgaste. Mais cedo ou mais tarde terá de se alterar os regulamentos e pode ser que contemplem uma melhoria neste aspecto.

Quanto ao Ricardo Alves quero deixar registo de que quando terminou, vitorioso, o heat de Sub-18 teve de regressar a terra para trocar de Lycra. Estava ainda a realizar essa troca quando se iniciou o heat. Também o Tomás, nesse mesmo heat, estava a remar para o outside quando a buzina suou. Estes acasos, de certeza não foram propositados - já que nada há a imputar ao Júri nem à Organização, aos quais dou os meus parabéns. Nunca teria feito referencia a este pormenor, da final de Sub-21, não fosse ter a convicção de que na próxima etapa há pelo menos um atleta desmoralizado e sentindo-se lesado na verdade desportiva. Por isso registo e digo que na final de Sub-21 as coisas podiam ter sido diferentes.

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